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Com todas as dificuldades o estuário do rio Sergipe foi movimentado porto, estabelecendo a comunicação com o Brasil e, ao mesmo tempo, colocando na sua paisagem os grandes saveiros, que vinham e voltavam com açúcar e outras mercadorias, gente e animais, mesmo depois que foram abertas as estradas, ligando os municípios sergipanos entre eles e com o capital. Pela sua importância, vale citar o discurso pronunciado pelo então Presidente da província de Sergipe, Salvador Correia de Sá e Benevides,em 20 de maio de 1856, aos membros da Associação Sergipense:

“A bela província de Sergipe, tão rica, dotada de recursos naturais, dum solo prodigiosamente fértil, não podia ser indiferente a ação do progresso e civilização que caracterizam a preste época. Ela começou a estudar e apreciar as causas que entorpeciam sua marcha progressiva, que lhe roubavam a vida, a animação, o comércio, e como causa primária o presidente (refiria-se a Inácio Joaquim Barbosa) se revelou com evidência a sede da capital, um recôncavo, sem o menor movimento comercial ou marítimo. A mudança, pois da capital arrancada da solidão para um centro de vida, foi o primeiro passo precursor de uma nova era para esta importante Província, foi o primeiro degrau que se deve conduzir ao apogeu do progresso, riqueza e consideração a que lhe dão direito a índole de seus dóceis habitantes, a fertilidade prodigioso de seu solo. Mas não bastava a mudança da capital, essa idéia, essa grandioso pensamento carecia em seu desenvolvimento de um outro fato, que animasse o comércio, desenvolvesse a agricultura, aumentasse a riqueza pública, esse fato que tende a consolidar a grande obra do progresso encetado nesta província – é a rebocagem a vapor em suas barras. Esse fato está consumado – o tempo mostrará e não muito longe o grau de importância a que vai chegar o belo e rico torrão sergipense”.

Luiz Antônio Barreto / infonet

Estuário do rio Sergipe

Postado em 5 jul 2012 | Categoria: Conheça Sergipe | Visualizações: 3.021 views | 0 comentário

Com todas as dificuldades o estuário do rio Sergipe foi movimentado porto, estabelecendo a comunicação com o Brasil e, ao mesmo tempo, colocando na sua paisagem os grandes saveiros, que vinham e voltavam com açúcar e outras mercadorias, gente e animais, mesmo depois que foram abertas as estradas, ligando os municípios sergipanos entre eles e com o capital. Pela sua importância, vale citar o discurso pronunciado pelo então Presidente da província de Sergipe, Salvador Correia de Sá e Benevides,em 20 de maio de 1856, aos membros da Associação Sergipense:

“A bela província de Sergipe, tão rica, dotada de recursos naturais, dum solo prodigiosamente fértil, não podia ser indiferente a ação do progresso e civilização que caracterizam a preste época. Ela começou a estudar e apreciar as causas que entorpeciam sua marcha progressiva, que lhe roubavam a vida, a animação, o comércio, e como causa primária o presidente (refiria-se a Inácio Joaquim Barbosa) se revelou com evidência a sede da capital, um recôncavo, sem o menor movimento comercial ou marítimo. A mudança, pois da capital arrancada da solidão para um centro de vida, foi o primeiro passo precursor de uma nova era para esta importante Província, foi o primeiro degrau que se deve conduzir ao apogeu do progresso, riqueza e consideração a que lhe dão direito a índole de seus dóceis habitantes, a fertilidade prodigioso de seu solo. Mas não bastava a mudança da capital, essa idéia, essa grandioso pensamento carecia em seu desenvolvimento de um outro fato, que animasse o comércio, desenvolvesse a agricultura, aumentasse a riqueza pública, esse fato que tende a consolidar a grande obra do progresso encetado nesta província – é a rebocagem a vapor em suas barras. Esse fato está consumado – o tempo mostrará e não muito longe o grau de importância a que vai chegar o belo e rico torrão sergipense”.

Luiz Antônio Barreto / infonet

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